Não tenho medo da morte, não me preocupa o insondável desconhecido
pós vida, pelo menos não agora em vida. Também não temo a velhice, meus cabelos
brancos já evidentes ou a calvície inevitável. Previsões catastróficas,
baratas, bicho papão ou o capeta também não me abalam. Temo somente que um dia
essa bruteza arcana tatuada como código em minhas artérias me transforme de vez
em algo rígido e menos humano, qualquer coisa entre o cansaço das decepções,
desilusões, fúria e a coragem que move meus ideais, alguns desejos altruístas e
o dom de amar. Temo que algum dia pra acordar seja necessário uma descarga elétrica
que externa porque minhas conexões cerebrais não suportaram tanta estupidez e
hipocrisia impostas repetidamente como ração a um pato que só interessa o foie gras. Temo que os remendos dessas coisas boas se transformem em
membros mortos remendados e eu, em meu todo, me torne a criatura de Mary
Shelley.
“O café, um cigarro, um trago, tudo isso não é vício, são companheiros da solidão, mas isso só foi no início...” (Lobão)
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Última Tribo
E é quando o vazio me
invade,
Que eu deixo meu peito se
encher de saudade
Dos nossos fins de tarde
Da curtição sem frescura ou
maldade;
Reunidos como se fossemos
a última tribo
Desfrutando do nosso mundo
proibido
Festejando a liberdade
Que só se encontra na
amizade;
Reggae, MPB, Chapada ao violão
Até que a noite caia da
imensidão
Fogo na tocha ampliando a
visão
Mudar o mundo era nossa
missão;
Hoje na foto os sorrisos
em branco e preto
Protegidos pela moldura de
espelho
Cada vida segue sua vida
Cada início foi uma
despedida;
Ficam os laços de afeto e
as canções
O verdadeiro e infinito
amor em nossos corações
As correntes
indestrutíveis do passado
E a esperança de um futuro
lado a lado.
Reunidos como se fossemos
a última tribo
Desfrutando do nosso mundo
proibido
Festejando a liberdade
Que só se encontra na
amizade
Reggae, MPB, Chapada ao
violão
Até que a noite caia da
imensidão
Fogo na tocha ampliando a
visão
Mudamos nosso mundo desde
então;
Ficam os laços de afeto e
as canções
O verdadeiro e infinito
amor em nossos corações
As correntes
indestrutíveis do passado
E a esperança de um futuro
lado a lado.
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