quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Causo do Ciúme

Tomei uma dose de ciúme que me embebedou que nem cachaça,
Me deixou os olhos cegos e a cabeça doida pra fazer uma desgraça;
Em uma pedra de esmeril amolei uma faca afiada
Pra imolar uma ovelha desgarrada;

Já num era mais dia, inda num era noite, aquele fim de tarde,
Com o punho bem firme senti a lâmina perfurando sua carne;
Seu sangue jorrando em minhas mãos, vermelho escuro e tão quente,
Seus olhos se fechando, seu rosto ficando branco, a pele dormente...

Seus braços em volta do meu pescoço, seu corpo colado em meu corpo,
Seu sangue molhando meu peito, suas lágrimas molhando meu rosto.
Matei meu amor no terreiro de casa, ela que me amou como ninguém,
Matei meu amor no calor da raiva e naquela noite morri eu também.



Um comentário:

  1. Uau...quanta revolta cara... terrível veneno, ai ai...O tomamos esperando que o outro sinta o efeito, quando menos percebemos nós somos a nossa própria vítima...!!!!

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