Tire os seus olhos de dentro do pote de conservas,
Olhe pro estranho mundo a sua volta,
E reconheça as sombras, que eram monstros na parede de tua caverna;
Os pássaros, gigantes de metal que cortam os céus,
Os répteis que bebem gasolina cortam o asfalto quente
E os dragões adormecidos que soltam fumaça de suas narinas de chaminé.
Raspe a casca de sal que cobre teus olhos,
Olhe pro estranho mundo que você só conhecia pela TV,
E reconheça os vultos que o néon projetava na parede do teu apartamento;
Estranhas Medusas maquiadas dentro de suas lingeries,
Zeus e Poceidom trocando tiros na marginal que divide a favela da zona nobre
E as horrendas crianças possuídas pelos antigos demônios das latas de solvente.
Derreta a densa camada de cera que envolve teus olhos,
Olhe pro estranho mundo alheio a seu altar,
E reconheça na luz da vela entre imagens de santos a chama do fanatismo;
Homens que matam outros em nome da fé, seja ela qual for,
Maquinas caça-níquel que pregam sermões
E Deuses decadentes com seus testamentos ultrapassados.
Escancare seus olhos e,
Mesmo que o sol te cegue por alguns instantes
Ou mesmo que a poluição faça arder como fogo,
Olhe, sem passividade,
Sem medo de se sentir deslocado,
Pro estranho mundo que é teu.
Olhe pro estranho mundo a sua volta,
E reconheça as sombras, que eram monstros na parede de tua caverna;
Os pássaros, gigantes de metal que cortam os céus,
Os répteis que bebem gasolina cortam o asfalto quente
E os dragões adormecidos que soltam fumaça de suas narinas de chaminé.
Raspe a casca de sal que cobre teus olhos,
Olhe pro estranho mundo que você só conhecia pela TV,
E reconheça os vultos que o néon projetava na parede do teu apartamento;
Estranhas Medusas maquiadas dentro de suas lingeries,
Zeus e Poceidom trocando tiros na marginal que divide a favela da zona nobre
E as horrendas crianças possuídas pelos antigos demônios das latas de solvente.
Derreta a densa camada de cera que envolve teus olhos,
Olhe pro estranho mundo alheio a seu altar,
E reconheça na luz da vela entre imagens de santos a chama do fanatismo;
Homens que matam outros em nome da fé, seja ela qual for,
Maquinas caça-níquel que pregam sermões
E Deuses decadentes com seus testamentos ultrapassados.
Escancare seus olhos e,
Mesmo que o sol te cegue por alguns instantes
Ou mesmo que a poluição faça arder como fogo,
Olhe, sem passividade,
Sem medo de se sentir deslocado,
Pro estranho mundo que é teu.
Grande Higão...
ResponderExcluirDe fuder seu poema !!! Um retrato forte da nossa atual condição social...
Tou ansioso pra ler mais dos seus escritos...
Abraços !!!