sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Analista Doidão

Meu analista diz que eu tô maluco,
Que minha lógica é irreal,
Que sou fruto do absurdo,
Que minha cuca não tá legal;

Meu analista chama a mãe pra me olhar:
Venha ver o quê estou a estudar;
Um macaco enjaulado a gritar,
No meu cérebro a pular;

E o analista doidão a receitar:
Gardenal, Vodka, Diasepan;
Tá preocupado com a luz pra pagar,
Minha insanidade continua sã;

Meu analista junta a família, os amigos, o totó,
Todo mundo a me “urubuservar”,
Procurando razões, sentido, borogodó,
Mas a verdade ninguém quer aceitar,

O meu analista espera ansioso pelo dia
Que lancem o manual de instruções do macaco,
Pois com essa tecnologia terá a alegria
De abaixar o volume dos meus pensamentos “inexatos”

Faço um raio-X da situação,
Vejo além da limitação
Desses analistas “pé no chão”
E o macaco na minha cabeça chega à conclusão,

O mais fácil está em fingir que não vê,
Analisar quem não quer ser igual,
 Viver sem saber pra quê
Mesmo que isso te faça mal.


2 comentários:

  1. Freud explica o que não era pra ser explicado... Para que tantas conclusões?

    ResponderExcluir
  2. "Minha insanidade continua sã" Muito eu, isso ai! hehehe

    Gostei do blog!

    ResponderExcluir