Os cães raivosos mordem minha cabeça com violência,
Procurando rachar a armadura de osso que protege minha consciência,
E eu já estou tão entregue que assisto a toda essa fúria
Com a passividade dos derrotados;
Eles grunhem e mostram suas presas afiadas,
Mais não largam a presa,
Estão querendo perfurar meu crânio de dentro pra fora,
Espatifar meus miolos no chão imundo;
Querem ganhar a liberdade para uivar no mundo real,
Não suportam mais ser prisioneiros dos meus vasos sanguíneos,
Dos impulsos elétricos do meu cérebro,
Não querem mais as trevas do meu subconsciente;
Eles também sofrem...
Choram enquanto experimentam o prazer da dor,
Sabem que a liberdade
Também será a morte da matilha.
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