segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O Jardim de Medusa

Em seu jardim de pedra
Onde reina a solidão
E seu olhar tristonho,
Nada mais lhe resta,

Só suas estátuas ornamentais,
Que não falam
Não te acariciam,
Não dão nem um sentido a mais,

Nada é assim tão triste
Pois nem com o teu reflexo
Podes conversar,
Menos ainda com tuas acompanhantes em riste,

Teus pretendentes não podem nem te admirar,
Tentaram os guerreiros, os viajantes,
Até os vagabundos e os errantes
Petrificaram-se com o teu olhar,

Não será ofendida, jamais, a tua virgindade.
Ficarás frígida e estérica,
Cheia de complexos com seu hímen mineral,
Vagando em seu jardim de pedra pela eternidade.


2 comentários:

  1. salve querido poeta das linhas amargas...
    muito bão seu espaço querido baiano...
    sem duvidas um dia serás tão amado qto jorge...heheheh
    curti o poemito...
    axei que oce ta numa otra onda....sei la...
    um tanto menos amargo doq nos outros encontros...
    bem... mais num so critico literio, muito menos pra faze analise poetica...
    as vezes escrevo sem entender o por que...
    sem saber a razão...por isso não viajo tanto em analises poeticas...isso é papo de literato...
    e ambos somos poetas ...errantes...filhos do vento e do tempo...
    keep doing my friend...
    big up

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  2. Adorei esse amor....

    muito bom!

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